A DITADURA MILITAR EM
CURITIBA

REITORIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ (UFPR)
Em maio de 1968, o campus da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi cenário de um dos mais memoráveis atos estudantis em repúdio à ditadura civil-militar. A ocupação do local foi marcada pela derrubada do busto de Flávio Suplicy de Lacerda - reitor da Universidade na época e favorável ao acordo MEC/USAID, que visava instaurar o ensino pago no Brasil.
A manifestação conquistou seu objetivo: o cancelamento da cobrança de mensalidades. No entanto, com o advento do AI-5 (Ato Institucional Número Cinco), as reivindicações dos estudantes foram desmanteladas por anos.
EDIFÍCIO SANTA MARIA/
PRAÇA ZACARIAS
O edifício Santa Maria, localizado na praça Zacarias, servia de sede para o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. No final dos anos 70, o grupo demonstrava seu descontentamento perante aos altos índices de inflação e arrocho salarial.
A praça Zacarias em si foi palco das primeiras greves do grupo, sobretudo em frente ao edifício. Neste local, eles aguardavam a resposta à reivindicação salarial de 80% solicitada aos patrões.


RUA XV DE NOVEMBRO– CENTRO DE CURITIBA
A rua XV de Novembro foi palco de diversas manifestações emblemáticas em repúdio à ditadura civil-militar. Dentre elas, o comício das Diretas Já realizado em 1984, pioneiro na luta a favor de eleições diretas para presidente. A manifestação serviu de incentivo para que diversas outras surgissem ao redor do país, com o mesmo objetivo.
CENTRO POLITÉCNICO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR)
O campus do Centro Politécnico, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi palco da chamada “Batalha do Politécnico”, em que estudantes manifestaram repúdio à cobrança de mensalidade em universidades públicas. O evento ganhou repercussão nacional e ocorreu em meio a uma série de protestos estudantis que marcaram o ano de 1968, nacional e internacionalmente.
A estratégia dos estudantes para enfrentar a Polícia Militar foi o uso de estilingues e bolas de gude, com o objetivo de desequilibrar os cavalos dos policiais. O episódio ficou marcado pela fotografia de um jovem segurando um estilingue contra militares a cavalo, que chegou a ser premiada com o Prêmio Esso - importante premiação jornalística do Brasil


CHÁCARA DO ALEMÃO
Em outubro de 1968, a União Nacional dos Estudantes (UNE) promoveu um Congresso em Ibiúna (SP), que acabou sendo impedido pelo Exército de maneira agressiva. A UNE passou a agendar congressos em outros locais; dentre eles, Curitiba.
O encontro seria realizado quatro dias depois de o AI-5 entrar em vigor, na “Chácara do Alemão” - local destinado a reuniões clandestinas do movimento estudantil. Os órgãos de segurança descobriram o comício e dirigiram-se ao local, prendendo 42 pessoas.
A chácara, que era localizada no Bairro Boqueirão, próxima à Escola Municipal Leonor Castellano, foi apagada ao longo do processo de urbanização.
Agora conheça mais a fundo cada um dos locais de resistência durante
o período da ditadura civil-militar em Curitiba-PR clicando na imagem abaixo: